Diablo IV e Diablo II: Resurrected – Mundo aberto e a volta de um clássico

A BlizzConline, que aconteceu nos dias dias 19 e 20 de fevereiro, trouxe mais novidades sobre Diablo IV. Ainda não é a data de lançamento, mas ao menos conhecemos mais uma classe: Rogue, que retorna à franquia após aparecer no primeiro Diablo. Além de mais detalhes sobre exploração, PvP e missões, o evento também anunciou uma surpresa: a versão remaster do segundo jogo, chamada Diablo II: Resurrected.

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Diablo IV (Imagem: Divulgação/Blizzard)

Diablo IV tem previsão de lançamento para PC, PS4, e Xbox One (mas é bem provável que também chegue aos consoles da nova geração e Switch). Já Diablo II: Resurrected terá versões para PC, Xbox Series X|S, Xbox One, PS5, PS4 e Nintendo Switch. Inclusive, esta é a primeira vez que o segundo jogo da franquia vai para os consoles.

O Tecnoblog participou de uma entrevista com dois desenvolvedores de Diablo IV, primeiro jogo da série em mundo aberto, bem como bateu um papo com parte da equipe de Diablo II: Resurrected. Você confere algumas das novidades, a seguir.

Diablo IV: Rogue, a chegada da ladina e assassina

Como dito antes, ainda não temos uma data de lançamento para Diablo IV, mas para o game não passar em branco na BlizzConline, a Blizzard apresentou uma nova classe: Rogue. Bom, na verdade não tão nova assim, já que a personagem fez parte do primeiro Diablo.

Por mais que em Diablo I, o lore em torno da classe Rogue fosse em torno de uma personagem feminina e sua afiliação com a “Sisterhood of the Sightless Eye”, em Diablo IV você poderá jogar com um personagem masculino nesta classe também. Inclusive, as possibilidades de personalização do seu herói (bem mais amplas agora do que em qualquer jogo da série) valem para qualquer classe.

O gameplay desta personagem é extremamente ágil e versátil. Dá para perceber que esta é uma classe para jogadores que gostam de resolver as coisas “mais no pessoal”, mas que também são sagazes o suficiente para reajustar seu posicionamento para um ataque pelas costas. Não há jogo limpo com a Rogue, o que interessa é a vitória.

Sobre manuseio das ações dos personagens como um todo, mas focando na nova classe, a Lead Animator, Careena Kingdom, afirma que o jogador sempre controlará todos os movimentos dos heróis.

“O jogador sempre terá o controle das ações do seu herói. Jogar com a Rogue é muito divertido visualmente, especialmente com toda a agilidade que a classe demanda”, comenta Kingdom. “Mesmo assim, nada será automatizado em termos de gameplay; queremos que você realmente sinta e saiba que tudo o que está acontecendo na tela é fruto de suas próprias decisões.”

Sobre especializações desta classe, a Rogue poderá seguir três diferentes caminhos:

  • Combo Points: A rogue consegue atingir vários inimigos por vez e acumula pontos que são revertidos em um ataque subsequente devastador;
  • Shadow Realm: A furtividade é a parte principal desta especialização. É possível, por exemplo, adentrar no mundo das sombras e ficar invisível. Nesse modo, a Rogue fica imune por 1 segundo e dá 50% a mais de dano;
  • Exploit Weakness: Talvez a especialização que requeira mais habilidade do jogador. Os inimigos passarão a ter ícones especiais sobre as cabeças. Atingir esses monstros resultará em golpes poderosíssimos.

Além disso, a possibilidade de adicionar propriedades elementais às armas e flechas da classe prometem aumentar a variedade de combos e formas de ataque. É uma personagem bem interessante de escolher para quem curte ação mais frenética.

Diablo IV: mundo aberto e maior exploração

Especialização Shadow Realm da Rogue, em Diablo IV (Imagem: Divulgação/Blizzard)

Logo de cara, Joe Piepiora (Lead System Designer) afirma que “o maior desafio, em termos de design de sistema, que tivemos foi a integração de um mundo aberto ao gameplay de Diablo IV.” Até então, o cenário da franquia Diablo era gerado conforme se atravessava por algumas áreas, mas agora – segundo os desenvolvedores – essas “barreiras” foram derrubadas em prol de uma exploração bem mais extensa.

O que é possível notar, num primeiro momento, é que Diablo IV será o título mais ousado (podemos assim dizer) de toda a franquia em termos de exploração e gameplay. Claro que essa observação está sendo feita de acordo com o que a Blizzard tem, aos poucos, revelado. Mesmo assim, é interessante notar como o jogo “sentiu” a necessidade de se reinventar, especialmente com outros concorrentes do estilo ARPG (Action Role Playing Game) fazendo sucesso, como Path of Exile – que constantemente ganha conteúdo novo.

Piepiora disse ainda que mesmo com o mundo expandido, a essência de Diablo continua lá, como matar monstros, encontrar cavernas, completar missões, descobrir tesouros escondidos, libertar acampamentos de forças malignas e etc.

Sobre uma continuidade da história de Diablo III para o quarto jogo, o Lead System Designer conta que apesar de toda a luta do Nefalem ser lembrada e sentida no atual mundo do game, esta não será uma sequência de sua história, mas sim algo novo, com novos heróis e novas ameaças. Mesmo que sobre os escombros dos eventos de Reaper of Souls, expansão de Diablo III.

Movimentação e verticalidade do cenário

Diablo IV (Imagem: Divulgação/Blizzard)

Diablo IV traz algumas novidades na mecânica de movimentação dos heróis e na forma com que eles interagem com o cenário. Mesmo ainda usando a clássica câmera aérea, ou seja, dando uma visão mais ampla do mapa, agora também será possível explorar o mundo de uma forma mais vertical, escalando e descendo montanhas, além de saltar por entre penhascos.

A Lead Animator, Careena Kingdom, conta que do ponto de vista de animação, a verticalidade do cenário trouxe alguns desafios bem interessantes.

“Toda classe pode pular por entre um penhasco, escalar uma montanha ou escorregar numa colina, por exemplo. Isso aumenta exponencialmente as possibilidades de exploração”, comenta Kingdom. “Em termos de design de animação isso é bem complexo, porque não apenas precisamos equilibrar essa mecânica de travessia, eventualmente durante um combate também, como fazer com que cada classe execute esses movimentos de acordo com suas particularidades”, explica.

O que Kingdom quis dizer é que, por exemplo, a classe Rogue, bem mais ágil e versátil, terá uma fluidez de movimentos e, consequentemente, de animação bem diferente da Arcanista, mais estacionária, ao pular, escalar e escorregar. A Arcanista, por sua vez, é bem provável que use teletransporte para estas mesmas ações. Inclusive, como pode-se ver no vídeo de apresentação da Rogue, a classe pode saltar do cavalo direto para a ação – lançando uma chuva de flechas sobre os inimigos.

“Essa sensação de escala que Diablo IV tem é muito importante para conseguirmos mostrar o que há para fazer pelo mundo”, explica Piepiora. “Você poderá, por exemplo, escalar uma montanha, olhar ao redor e ver onde está um grupo de inimigos ou também, possivelmente, avistar outros jogadores e assentamentos. Santuário é personagem próprio.”

Diablo IV: PvP será opcional

Diablo IV (Imagem: Divulgação/Blizzard)

A experiência do jogador contra jogador, ou seja, do PvP pode não ser do agrado de todos e, em Diablo IV, os desenvolvedores garantem que esse modo será totalmente opcional e não afetará a progressão da campanha. E mais: você não correrá o risco de cair numa área de PvP por acidente, ao explorar despretensiosamente o cenário. As regiões de combate entre jogadores serão devidamente marcadas no mapa.

Essas áreas marcadas especificamente para o modo PvP ganharam o nome de “Fields of Hatred”, ou “Campos do Ódio” – em tradução livre. E essa denominação combina bastante com o propósito do local. Ao entrar numa dessas regiões você saberá que está em um Field of Hatred.

Estes são locais amaldiçoados e que foram corrompidos por entidades malignas. Os jogadores encontrarão monstros para exterminar e baús para encontrar. Conforme for completando essas tarefas, ganhará “shards of hatred” (fragmentos de ódio), que é a moeda do modo PvP.

Esses fragmentos estão ainda num estado amaldiçoado e precisam ser purificados. Para isso, o jogador deverá levar os shards, que conseguiu coletar, para um local (dentro do próprio Field of Hatred) e expurgar a maldição deles. Uma vez purificados, o jogador poderá carregar esses shards para fora do Campo do Ódio e trocá-los por prêmios exclusivos – em vendedores específicos.

A questão é que ao iniciar um evento de purificação, todos os demais jogadores na área de PvP serão notificados de que alguém, em um certo local, está tentando limpar os fragmentos. É aí que as coisas realmente ficam interessantes: enquanto um shard (ou vários deles) estiver amaldiçoado, ele pode ser roubado de você, ou melhor, do seu corpo após ser morto por outro jogador.

Diablo IV: jogadores solo terão mesma experiência

Diablo IV (Imagem: Divulgação/Blizzard)

Todo esse mundo aberto, com áreas de PvP e a possibilidade de encontrar outros jogadores pelo mapa pode causar um certo estranhamento em jogadores de Diablo à moda antiga. Mais precisamente os que preferem uma experiência de jogo solo e mais intimista, ou mesmo jogando apenas com amigos.

Os desenvolvedores garantem que as novidades de gameplay e novas mecânicas não irão impactar negativamente para estes jogadores. Piepiora explica que “Diablo IV não é um jogo apenas solo, mas também não é só um MMO. O game traz o benefícios de ambos os lados”, comenta.

“Ao longo da campanha haverá locais no mapa que serão privados para o jogador e/ou seus companheiros de equipe apenas. Estas serão áreas bem grandes, inclusive. Você poderá completar o jogo completamente solo e, ocasionalmente, passará por regiões públicas, mas não será necessário fazer contato com esses outros jogadores, se não quiser.”

Ele diz ainda que, mesmo ao explorar o Santuário, muito raramente você encontrará outro jogador aleatório. “Tirando os momentos de eventos públicos pelo mundo, onde é necessário um número x de jogadores para enfrentar uma situação, nada mais irá exigir que você, obrigatoriamente, entre numa equipe para avançar na campanha”, diz Piepiora.

Diablo II Resurrected: mesmo gameplay com roupa nova

Diablo II: Resurrected (Imagem: Divulgação/Blizzard)

O anúncio de uma versão remasterizada de Diablo II, tido por muitos como o melhor jogo da franquia até então, chegou como uma surpresa bem vinda nesta BlizzConline. Diablo II: Resurrected terá visual totalmente redesenhado, mas respeitando a identidade visual do original, e ainda acompanhará a expansão Lord of Destruction.

Um pedido de muitos anos dos fãs do segundo jogo será finalmente atendido: a implementação de um baú compartilhado entre seus personagens, que funcionará da mesma forma que em Diablo III. Além disso, o remaster trará o sistema de progresso compartilhado, ou seja, seu arquivo de save (sincronizado na Battle.Net) poderá ser resgatado em qualquer outra plataforma que tiver o game instalado.

Segundo Chris Amaral, Lead Art Director de Resurrected, o jogo em 2D foi atualizado com renderização em 3D focando em física, iluminação dinâmica, além de animações e efeitos de golpes e feitiços renovados. O título poderá rodar em resolução de até 4K. Além disso, todos os 27 minutos dos vídeos que contam a jornada do Errante Sombrio também foram completamente refeitos. O áudio foi renovado e conta com suporte a som surround Dolby 7.1.

“Tudo o que envolve arte e som foi refeito: cada pedra, cada personagem, cada inseto que você esmaga ao andar por aí, cada som horripilante”, comenta Amaral. “Mas se, mesmo assim, o jogador preferir a experiência original, também é possível jogar Diablo II ao estilo de 20 anos atrás”.

Diablo II: Resurrected (Imagem: Divulgação/Blizzard)

“Um dos nossos principais objetivos foi manter o gameplay do jogo original da forma como os jogadores esperam, assim como seu estilo visual”, explica Amaral. “Buscamos outras formas de fazer esses upgrades sem impactar nessa experiência nostálgica. O fato de agora ter a segurança da Battle.Net, para guardar seu save, e o baú compartilhado ajudarão bastante na vida dos jogadores”.

Ainda sem data específica para seu lançamento, Diablo II: Resurrected terá um teste Alpha, ainda em 2021, e você pode se inscrever para tentar participar em diablo.com.

“Nós teremos alguns testes alpha ao longo dos meses”, conta Chris Lena, Lead Producer de Resurrected. “Nesse primeiro momento, focaremos os testes no modo single player até para analisarmos o feedback dos jogadores em relação ao sentimento de ainda estar jogando um Diablo II, mesmo com todos os upgrades”.

Lena diz, ainda, que depois também será feito um teste multiplayer para avaliar os servidores e etc. O Lead Producer afirma, também, que o primeiro teste single player será apenas para PC e que ainda não pode dar informações sobre a possibilidade em outras plataformas.

Diablo II: Resurrected trará de volta as sete classes de personagens (que compõem o jogo principal + expansão): Amazona, Bárbaro, Necromante, Paladino e Maga, do jogo principal, e Assassina e Druida da expansão inclusa, Lord of Destruction.

Diablo IV e Diablo II: Resurrected – Mundo aberto e a volta de um clássico




Fonte: https://tecnoblog.net/414328/diablo-iv-e-diablo-ii-resurrected-mundo-aberto-e-a-volta-de-um-classico/
Diablo IV e Diablo II: Resurrected – Mundo aberto e a volta de um clássico Diablo IV e Diablo II: Resurrected  – Mundo aberto e a volta de um clássico Reviewed by MeuSPY on fevereiro 22, 2021 Rating: 5

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