Ao clicar no link da gravação deletada pelo YouTube, o aviso padrão da plataforma para conteúdos derrubados aparece: “este vídeo foi removido por violar as diretrizes de comunidade do YouTube”.
Em vídeo apagado, Bolsonaro questiona vacinas
No vídeo, Bolsonaro menciona que os imunizantes podem “mexer com a vida das pessoas”. Na época em que o conteúdo foi publicado, o mundo carecia de vacinas contra a COVID-19, e o Brasil estava prestes a entrar na segunda onda da pandemia. Durante esse período da calamidade sanitária, o país chegou a registrar mais de 75 mil casos da doença por dia e uma média móvel de 3.125 mortes diárias.
Bolsonaro ainda fez suposições quanto ao desenvolvimento dos imunizantes. O presidente disse que havia muito segredo em torno dos “R$ 20 bilhões para comprar essa vacina”. Ele se refere ao montante destinado para compra de insumos para vacinar a população brasileira.
É o terceiro vídeo de Eduardo Bolsonaro que foi deletado pelo YouTube, segundo informação da Novelo Data, que monitora a atividade de canais bolsonaristas. Em julho, a plataforma deletou 15 lives de Jair Bolsonaro que falavam sobre a pandemia, e mais um vídeo da médica bolsonarista Nise Yamaguchi. Nele, a profissional da saúde defendia o tratamento com cloroquina para a COVID-19 — o remédio é considerado ineficaz contra a doença.
O vídeo deletado pelo YouTube ontem tinha 46 minutos e 46 segundos. No conteúdo, Bolsonaro ainda teorizou sobre a facada que sofreu durante as eleições de 2018. Ao filho, o presidente voltou a dizer que o autor do crime não agiu sozinho.
YouTube reforçou combate às fake news sobre vacinas
Em setembro deste ano, o YouTube anunciou que iria aumentar o esforço para combater desinformação sobre saúde. A plataforma de vídeos do Google, que já havia se comprometido a deletar vídeos que espalham boatos sobre vacinas, estendeu as diretrizes da comunidade para remover mentiras sobre imunizantes com eficácia comprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Qualquer vídeo que associa vacinas a doenças como câncer e AIDS, assim como transtornos neurológicos como o autismo, pode ser deletado da plataforma. O YouTube também se comprometeu a derrubar desinformação sobre imunizantes que injetam chips e transformam seres humanos em antenas capazes de transmitir sinal Bluetooth e Wi-Fi.
As regras da plataforma valem para além da vacina contra a COVID-19. O YouTube afirmou que derrubaria vídeos que espalhassem mentiras sobre vacinas contra outras doenças, como hepatite-B e sarampo, por exemplo.
O YouTube afirma que derrubou mais de 130 mil vídeos de sua plataforma desde que começou a combater esse tipo de mentira. A rede afirma que consultou especialistas em saúde pública para formular as novas diretrizes.
Com informações: Poder360
YouTube apaga vídeo em que Bolsonaro questiona “pressa da vacina”
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Fonte: https://tecnoblog.net/539023/youtube-apaga-video-em-que-bolsonaro-questiona-pressa-da-vacina/
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