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O executivo se referiu ao trecho do PL das fake news que determina a rastreabilidade de mensagens encaminhadas para ao menos cinco usuários ou grupos no intervalo de 15 dias. A proposta aprovada pelo Senado estabelece que aplicativos de mensagens deverão armazenar por três meses os registros das mensagens, incluindo o autor do encaminhamento, bem como data e horário que ele ocorreu.
Para o WhatsApp, além de transformar todos os brasileiros em alvos, a medida não acabaria com a desinformação. “A rastreabilidade é desproporcional e incrivelmente onerosa como foi proposta no projeto de lei do Senado”, afirmou Durigan em fala disponível neste link (a partir de 58min e 2h15min). “Ela viola a privacidade, quebra a criptografia de ponta a ponta e, além de tudo, não resolve o problema que ela própria procura endereçar”.
Segundo o representante do aplicativo de mensagens, a rastreabilidade exigiria que as mensagens fossem previamente identificadas. “Se implementada a proposta de rastreabilidade em que o aplicativo tenha que entregar de maneira centralizada todas as pessoas que trataram daquele conteúdo, evidentemente isso traz uma quebra da proteção da criptografia”, indicou Durigan.
![Dario Durigan, diretor de políticas públicas do WhatsApp (Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados - 27/07/20)](https://tecnoblog.net/wp-content/uploads/2020/07/dario-durigan-whatsapp-700x467.jpg)
Dario Durigan, diretor de políticas públicas do WhatsApp
“Nenhuma democracia no mundo traz esse tipo de exigência. Não há um parâmetro global sobre o rastreamento de conversas privadas”, continuou. O executivo indicou as medidas que o WhatsApp já adota para evitar a desinformação, como o limite de encaminhamento por vez e um recurso para impedir que usuários sejam incluídos em grupos sem seu consentimento.
A proposta do WhatsApp
Em vez de rastrear as mensagens de antemão, o WhatsApp defende a colaboração com autoridades em caso de ordem judicial para indicar as interações de suspeitos, com dados sobre quem trocou mensagens, além de quando e de onde elas foram enviadas. Para a plataforma, a alternativa garante a privacidade dos usuários e contribui com o combate a operações de desinformação.
“Essa proposta alternativa é adequada, eficiente para colaborar com a Justiça e assume um desafio de combater a desinformação profissional preservando o usuário comum”, disse Durigan. “Essa proposta pode ser lida como muito compatível às práticas de privacidade, não quebra criptografia e se restringe aos suspeitos em investigação criminal”.
WhatsApp diz que regra do PL das fake news viola privacidade
Fonte: https://tecnoblog.net/355018/whatsapp-diz-que-pl-das-fake-news-viola-privacidade-e-sugere-mudancas/
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