Jogador de Free Fire acusado de hack deve ter conta reativada, decide Justiça

Um jogador de Free Fire processou a Garena e o Google após ter a conta banida por suposto uso de hacks. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) sentenciou a desenvolvedora do Battle Royale a reativar o perfil do usuário, pois, segundo a decisão do juiz, a empresa não apresentou evidências que comprovassem a trapaça. As citações ao Google, por outro lado, foram julgadas como ilegítimas.

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Atualização de Free Fire em setembro tem novas armas modos de jogos e mais / Garena Oficial / Divulgação

Free Fire (Imagem: Divulgação/Garena)

De acordo com a sentença da ação — obtida pelo Tecnoblog — o usuário teve a conta de Free Fire desativada em junho de 2020, e o celular bloqueado para acessar o jogo com outros perfis por, supostamente, ter utilizado hacks nas partidas. Porém, a Garena não especificou qual trapaça foi usada.

Para os advogados do jogador, a punição foi ilegal, já que a Garena não pôde comprovar o uso de hacks na conta do usuário. Além disso, a defesa alegou que o regulamento do jogo era confuso e abusivo. O juiz do TJBA, Maurício Lima de Oliveira, aceitou os argumentos e obrigou a empresa a reativar o perfil em até 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 até o limite de R$ 2 mil.

O juiz, no entanto, negou o pagamento de danos morais e liberou o Google do processo, pois, segundo Oliveira, a empresa não teve responsabilidade pelo banimento do jogador, nem pelas ações da Garena. O autor, por outro lado, foi sentenciado a pagar R$ 1,5 mil em honorários de sucumbência ao Google pela citação ilegítima.

O processo corre sob o número 8062326-41.2020.8.05.0001 no TJBA.

Os argumentos dos advogados do jogador

Logo após receber a punição, o jogador entrou em contato com o suporte da Garena e questionou o motivo do banimento. Como resposta, o usuário afirmou sempre receber os mesmos comunicados automáticos da desenvolvedora. As mensagens diziam apenas que a conta havia sido bloqueada pelo sistema de detecção automática de trapaças e não poderia ser reativada.

Para os advogados do jogador, a Garena violou diversos artigos do Código de Defesa do Consumidor (CDC) com a punição. Por exemplo, segundo a defesa, os Termos de Uso de Free Fire não ficam em um lugar acessível dentro do jogo, e o contrato já vem marcado como aceito desde o momento em que os usuários entram no jogo pela primeira vez.

A defesa também argumentou que as regras do game eram confusas e abusivas. Pelo regulamento, a Garena poderia aplicar as punições sem apresentar justificativas ou detalhar os motivos. Segundo os termos de Free Fire, as contas trapaceiras são banidas para sempre, e os usuários têm os celulares bloqueados, seja qual for a gravidade do problema.

Como solução, os advogados solicitaram a reativação da conta do jogador em até 24 horas e a devolução da quantia em dinheiro real gasta em Diamantes, a moeda virtual do jogo. Além disso, foi pedida uma indenização de R$ 6 mil em danos morais para compensar o tempo no qual o jogador não pôde participar de partidas e, por isso, teve a posição no rank de Free Fire prejudicada.

free fire / divulgação

Free Fire (Imagem: Divulgação/Garena)

A Garena defendeu a legalidade do banimento

Em resposta, a Garena disse que não iria reativar a conta do usuário, pois ele havia violado as regras dos termos de uso de Free Fire. Contudo, a empresa alegou que não poderia informar em detalhes quais programas ilegais o jogador usou, já que seria necessário uma “análise dos dados contidos no servidor do jogo por um perito especializado em tecnologia da informação”.

A empresa ainda contestou o reembolso dos Diamantes, defendendo que “toda propriedade intelectual, bem como seus efeitos, é de exclusividade da Garena”. Além disso, a desenvolvedora ressaltou que o pedido de devolução do dinheiro poderia ser considerado como uma forma do jogador banido se beneficiar financeiramente.

Para a Garena, o bloqueio do celulares não é ilegal e ajuda no combate ao uso de hacks. Segundo a empresa, todos os usuários são notificados sobre uma leitura do IMEI do aparelho para identificar programas suspeitos no momento da instalação de Free Fire. O download só continua caso a solicitação seja confirmada.

O juiz obrigou a Garena a reativar a conta

O juiz do TJBA decidiu que a Garena precisaria apresentar provas concretas do uso de hacks para manter a punição. Porém, a própria empresa explicou que só conseguiria esses dados com uma perícia detalhada. Por isso, a desenvolvedora foi obrigada a reativar a conta do jogador.

O pedido de reembolso de diamantes não foi aceito, pois, segundo a sentença, o usuário já teria a conta devolvida da mesma forma em que ela estava quando foi desativada — ou seja, todos os itens comprados estariam lá. Além disso, o juiz negou o pagamento de danos morais.

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Fonte: https://tecnoblog.net/440141/jogador-de-free-fire-acusado-de-hack-deve-ter-conta-reativada-decide-justica/
Jogador de Free Fire acusado de hack deve ter conta reativada, decide Justiça Jogador de Free Fire acusado de hack deve ter conta reativada, decide Justiça Reviewed by MeuSPY on maio 07, 2021 Rating: 5

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