STF vai julgar recurso do Google sobre quebra de sigilo em buscas

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar um recurso do Google contra a quebra de sigilo de buscas feitas por usuários relacionadas à vereadora Marielle Franco dias antes de seu assassinato. A relatora do caso é a ministra Rosa Weber; o pedido foi protocolado pela corte em novembro de 2020.

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A ministra do STF Rosa Weber (Imagem: Jeso Carneiro/Flickr)

A ministra do STF Rosa Weber (Imagem: Jeso Carneiro/Flickr)

Google recorre da decisão que pede identificação de IPs

A empresa recorre da decisão em primeira instância do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que pede para quebrar o sigilo de buscas de usuários não identificados sobre a agenda da vereadora carioca Marielle Franco, dias antes de ser morta, em 14 de março de 2018. A representante do PSOL e o motorista Anderson Gomes foram assassinados dentro do carro, na Rua dos Inválidos, no centro do Rio.

A decisão do STJ determina a identificação dos IPs que usaram o Google entre 10 e 14 de março para pesquisar palavras-chave como “Marielle Franco”; “vereadora Marielle”; “agenda vereadora Marielle”; “Casa das Pretas”; “Rua dos Inválidos 122”; ou “Rua dos Inválidos”.

Rosa Weber reconhece peso da decisão para plataformas

Para o STJ a medida não é descabida, pois delimita o horário e a data das pesquisas e define os termos de busca. “Além disso, [o STJ] apontou que a restrição a direitos fundamentais que tem como finalidade a apuração de crimes dolosos contra a vida, de repercussão internacional, não representa risco para pessoas eventualmente afetadas, na medida em que, se não constatada sua conexão com o fato investigado, as informações serão descartadas”, diz nota do STF à imprensa.

Por outro lado, no recurso ao STF, o Google afirma que uma varredura de históricos de buscas e a entrega das palavras-chave pesquisadas representa uma violação ao direito à privacidade. A empresa afirma que o sigilo de dados está protegido pela Constituição e que a decisão judicial do STJ atinge pessoas inocentes porque os termos de busca listados “são comuns, envolvem pessoa pública e têm lapso temporal longo (96 horas), o que aumentaria a possibilidade de lesão de direitos”.

Rosa Weber, relatora do recurso no STF, reconhece o entrave constitucional na quebra de históricos de pesquisa de usuários. “A ministra ressaltou que o Google comprovou o potencial de repetitividade da questão jurídica, o que torna indispensável o posicionamento do Supremo sobre o tema, para que a decisão transcenda os interesses individuais da causa e possa atingir usuários das mais diversas plataformas tecnológicas”, diz o comunicado da corte.

STF vai julgar recurso do Google sobre quebra de sigilo em buscas


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Fonte: https://tecnoblog.net/447431/stf-vai-julgar-recurso-do-google-sobre-quebra-de-sigilo-em-buscas/
STF vai julgar recurso do Google sobre quebra de sigilo em buscas STF vai julgar recurso do Google sobre quebra de sigilo em buscas Reviewed by MeuSPY on junho 01, 2021 Rating: 5

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