Dev Full Stack é o cargo de TI mais procurado por empresas, diz pesquisa

Em tempos de pandemia, os desenvolvedores de software, conhecidos como Devs no mercado de trabalho, ganharam ainda mais espaço dentro de empresas, obrigadas a criar canais digitais para atender o consumidor. Uma pesquisa realizada pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) revela que companhias em Santa Catarina (SC) devem abrir 16,6 mil vagas em TI até 2023, e mais da metade será destinada a desenvolvedores.

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Aumenta procura por Devs no mercado de TI (Imagem: Jametlene Reskp/ Unsplash)

Segundo o levantamento da ACATE, quase um quinto das empresas estão à procura de desenvolvedor full-stack (23%). Devs em back-end e front-end também estão em alta no mundo do trabalho, com demanda de 18% e 12%, respectivamente.

Quando se trata de qual competência pode fazer a diferença na hora de conseguir um emprego em TI, a mais procurada por empresas é habilidade em metodologias ágeis — 28% das vagas demonstram preferência por essa competência. Em segundo lugar, está a experiência em atuação em Tecnologia, almejada por um quarto das companhias, e habilidade em execução de projetos, exigida em 24% das vagas.

Piso salarial dos Devs é acima da média da indústria

O presidente da ACATE, Iomani Engelmann, comenta que os salários dos Devs têm piso de R$ 3 mil, uma média muito acima do resto da indústria. Sobre uma falta de oferta de mão de obra no mercado de TI, ele ressalta:

“São postos que podem representar um ganho significativo para as famílias e auxiliar na retomada econômica no período pós-pandemia. É fundamental o apoio de todos — governo, empresas, entidades e academia — na formação desses profissionais.”

A pesquisa da ACATE foi feita a partir de respostas de 223 empreendedores do setor de Tecnologia, com apoio do corpo docente da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Resolver problemas e trabalho em equipe

A ACATE também chegou a um resultado que toca no aprendizado emocional, ou as chamadas soft skills. As competências de inteligência emocional mais valorizadas pelo mercado são: resolver problemas (90%), trabalho em equipe (78%) e proatividade (68%).

A avaliação de especialistas é de que a procura dos Devs acirrou-se em tempos de pandemia, quando a maior parte das empresas precisou de times especializados para resolver problemas em apps e sites, por exemplo.

Bárbara Daniel Vieira, coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Supero Tecnologia, firma de scale-up em TI, explica que desenvolvedores mais experientes com bagagem em cargos de gerência, não precisam nem procurar por emprego. Por esses profissionais, as empresas batem na porta.

Desenvolvedores com experiência e cargos elevados são os mais procurados por empresas estrangeiras (Imagem: Science in HD/Unsplash)

“As empresas brasileiras passaram a concorrer com organizações estrangeiras, que pagam em dólar ou euro, duas moedas valorizadíssimas, em relação ao real”, diz Bárbara.

Ela ainda pontua que, para superar a dificuldade e fechar contrato com os Devs mais experientes, a empresa precisa aprender a flexibilizar na hora de acertar os detalhes da vaga:

“Aprimorar as ofertas de vagas, dando a possibilidade de jornada de projeto flexível, convênios e descontos comerciais; construir uma boa reputação no mercado, respeitando e apostando na diversidade, com alinhamento de discurso e prática, são diferenciais bem vistos por profissionais.”

É importante também assegurar uma bolsa para que o profissional faça cursos: se a empresa deixar em aberto oportunidades de estudo em áreas como data science, pode ser o diferencial na contratação.

Diploma deixou de ser essencial para conseguir emprego

Já Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter, especializada na caça por talentos em tech, aponta que as empresas mudaram a forma de recrutar novos profissionais. Atualmente, a exigência por diploma ficou em segundo plano — outros especialistas consultados pelo Tecnoblog apontam o mesmo.

Ferrari afirma que o aumento de cursos oferecidos pelas chamadas Edtechs — startups de tecnologia focadas em educação — segue essa tendência. Mas desenvolver as soft skills é mais importante:

“O mais importante é que o profissional precisa ter habilidades interpessoais, saber resolver problemas e ter altíssima adaptabilidade, principalmente porque ele vai precisar se adaptar às mudanças de tecnologias, que ocorrem o tempo todo.”

Até para quem fez faculdade, ser autodidata compensa. É o caso de Raphaela Penteado, graduada em Engenharia da Computação, mas que resolveu investir por conta própria na área de analista de qualidade. Ela notou a alta demanda das empresas pelo cargo, responsável por desenvolver e aperfeiçoar produtos, e hoje trabalha na HostGator.

“Nunca fiz cursos especializantes, sou autodidata. Fui atrás da informação a partir da volumetria do mercado, entendi as exigências, estudei os conceitos e me lancei a prática”, comenta a profissional.

Um relatório da consultoria Foote Partners, que analisou contratações no mercado de TI ao longo de 2021, aponta que técnicos em análise de risco tiveram aumento médio de 12% no salário. Contudo, o estudo aponta uma redução de 6,6% no pagamento para 546 competências aprendidas em universidades.

Dev Full Stack é o cargo de TI mais procurado por empresas, diz pesquisa


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Fonte: https://tecnoblog.net/495240/dev-full-stack-e-o-cargo-de-ti-mais-procurado-por-empresas-diz-pesquisa/
Dev Full Stack é o cargo de TI mais procurado por empresas, diz pesquisa Dev Full Stack é o cargo de TI mais procurado por empresas, diz pesquisa Reviewed by MeuSPY on setembro 17, 2021 Rating: 5

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